O marketing do Marketing simplesmente pelo marketing.

(ouça no MyBuzz)Confesso que ultimamente tenho me atentado para a forma como as fontes de informação sobre Marketing vem crescendo de forma desordenada.
Um bom exemplo disso é a quantidade absurda de livros de Marketing que parecem nascer nas prateleiras das livrarias todos os dias.
A maioria desses livros não consegue sequer se diferenciar. O que me parece estranho já que os autores supostamente deveriam, como marketeiros, serem capazes de criar diferenciação. Esse é um dos pilares do Marketing.
Infelizmente nem os livros de Marketing ficaram de fora da tempestade abundante de escolhas que assola o consumidor nos dias de hoje.
E o pior é que mais escolhas não significam melhores escolhas.
Na verdade experimentos já mostraram que mais escolhas significam na verdade piores escolhas e ainda por cima, stress.
Eu creio que o problema tenha começado quando os sábios autores marketeiros ao invés de escreverem sobre suas experiências em campo, ou sobre revelações e experimentos recentes, fizeram de seus livros, o próprio produto. E esqueceram de marketá-lo!
Isso criou uma infinidade de teorias vazias sobre como marketar um negócio. Muitas delas muitas vezes tão segmentadas que nem os próprios autores conseguem mais distinguir com clareza um tipo de “marketing” do outro. Outros estão perdidos com uma vaca roxa e um cisne negro em algum oceano azul por aí, orando que Kotler ou Maslow os ajudem a encontrar o caminho de volta.
Marketing de relacionamento, Marketing de fidelização, Marketing de inovação e Marketing de Experiência, por exemplo, são conceitos, na minha opinião, impossíveis de serem separados. Mas no entanto podem ser comprados separadamente em qualquer livraria ou na lojinha de conveniência do posto de gasolina mais próximo da sua casa..

A verdade é que o consumidor reina cada vez mais no centro da relação, e detém o poder da escolha. Se o consumidor está no centro da relação é completamente irrelevante pensar primeiro em qual o tipo de Marketing usar para atingi-lo. Alias esquece essa palavra “atingi-lo”. Ao contrário, em minha opinião, devemos procurar entender primeiro quem é esse cliente, quais suas aspirações, expectativas, o que encanta e desencanta e a qual tribo ele pertence.
A partir daí é possível construir uma estratégia eficiente que envolva esse consumidor ao mesmo tempo que acrescenta significado a sua vida.
Qual tipo de Marketing você vai usar, pouco importa. Para dizer a verdade, quanto menos você se preocupar com que tipo de Marketing você está utilizando mais chances você tem de não estar empurrando goela abaixo desse consumidor uma idéia que não vai pegar.

Quer fazer um teste? Desconstrua qualquer estratégia de sucesso de qualquer Marca famosa que você tenha visto ser executada nos últimos meses e tente encaixar essa campanha em um tipo específico de Marketing.Você verá que não é possível mais encaixotar estratégias de Marketing bem sucedidas.
E para finalizar …Me atormenta a seguinte pergunta: Se um autor Marketeiro não é capaz de diferenciar o seu livro em uma estante de livraria, como poderá ajudar você a diferenciar a sua Marca em um mundo que se parece com uma estante de livraria, e daquelas bem bagunçadas?

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